quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval

Entretanto foi Carnaval.
Como a Mãe sabe, não gosto do Carnaval.
Já gostei, agora não.
Sabem-me bem os dias de férias e pronto, mais nada.
Mas, encontrei esta sua foto.
Foi tirada em 1935, a Mãe tinha 3 anos e estava mascarada
Adoro esta foto.
:)

Novidades

Querida Mãinha

Novidade, novidades, até que nem tenho.
Nada de extraordinário ou de novo se passou.
O Piloto fez 50 anos, e fez o almoço de aniversário dele, no domingo em casa da Larú.
Lá fomos todos. O almoço estava bom, a ementa foi arroz de pato, que o Pai voltou a dizer que a Mãe e eu tinhamos a mania que o Pai gostava...ahahah o que me ri. O Pai já se esqueceu que há uns anos atrás íamos almoçar, depois da missa, ao Sacramento, pois eles faziam arroz de pato, e o Pai delirava.O Pai disse assim: "Tás tornada na tua Mãe, a dizer que eu gosto de arroz de pato, que mania a vossa, eu até nem aprecio". O que eu me ri, ao lembrar-me que ambas diziamos isto e que trocavamos olhares quando o Pai respondia. Soube bem. Havia também bacalhau com broa no forno, para quem não gostasse de pato (blééé). Os acompanhamentos eram batatinha a murro e esparregado. Estava tudo uma delicia. Para sobremesa tinha torta de Azeitão feita pela Larú e o Piloto fez bolo de bolacha. Comentámos logo duas coisas: 1º- o creme não era igual ao da Mãe, eu reclamei logo, nem a cor nem a textura nem o sabor.
2º- uma coisa a Mãe ia gostar, as bolachas sabiam bastante a café, e estava muito bom. Uma delicia, aliás.
Tirámos umas fotos e passou-se o dia.

No sábado estive em Azeitão, fui lá a casa absorver cheiros e recordações. Andei por lá a deambular, abri janelas e arrumei coisas. Depois fui ter com a Inês ao stand. Gosto de lá ir, sinto-me bem e em paz. Ela, com o seu bom feitio e amizade, diz sempre que eu não incomodo, e eu aproveito e fico ali sentada. Falámos de bolos, de receitas e da bimby. Vi fotos novas da Marta a andar a cavalo, tá tão gira, enorme, bonita e com o sorriso da Inês.
E, depois claro como não podia deixar se ser, falamos de si, e sabe uma coisa?
A Inês é da mesma opinião que eu.
Ela e eu achamos que nada sucedeu, a Inês continua á espera de ver a Mãe entrar pelo stand adentro.
Ela e eu achamos apenas que a Mãe se ausentou momentaneamente, e que vem já.
Eu também acho isso. :)
E fico muito contente por a Inês também achar o mesmo.
É porque temos razão.
Fiquei mesmo contente.
Eu continuo aqui Mãinha, á espera de a reencontrar.
Morro de saudades suas, querida Mãe,e espero que o nosso reencontro esteja para breve.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Olá Mãe

Olá Querida Mãe
Cá estou.
Nada de muito especial aconteceu esta semana.
Bem quer dizer, o Piloto fez anos. Imagine, fez 50 anos. Ainda nos rimos ao telefone, pois ele diz que não se imagina com 50 anos....ahahaha
Pois nem eu o imagino com 50.
O almoço de aniversário vai ser no domingo em casa da Lena, e lá a espero para podermos conversar um bocadinho.
Tenho tantas saudades das nossas conversas
A Mãe acredita que todos os dias quando chego a casa vou direita ao telefone, como sempre fazia?
Depois é que me lembro que a Mãe de momento, não está, não pode atender.
Temos tido um Inverno como há muitos anos não tinhamos
Frio e chuva, muita chuva.
Mas ainda ninguem esteve doente, com excepção da Malagueta que se farta de espirrar.
O João tem ido comigo visitá-la todas as semanas, mas também não preciso de estar a dizer isto, não é?
A Mãinha sabe!
Amanhã irei novamente conversar e fazer uma visita.
Um beijo grande minha Mãe
Morro de saudades suas!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cá estou eu

Olá Mãinha
Cá estou eu outra vez.
Esta semana isto não tem andado nada bem.
As coisas têm sido dificeis
Ontem estive com a Larú e relembrámos a Mãe.
Os seus ditos , a sua maneira de dizer as coisas, e a sua maneira de ser.
eu acho que irá ser sempre inevitável.
Cada dia que estivermos juntas, a conversa irá ser sempre um pouco sobre a Mãe.
E aqui não consigo evitar de me lembrar das suas palavras
Quando a Mãe me vinha dizer qualquer coisa, e eu fazia aquele ar de "sim, sim, ok tá bem, não me chateeis", a Mãe acabava sempre a conversa com a seguinte frase:
"Quando eu morrer, vais sentir muito a minha falta".
e mais uma vez a Mãe tinha razão.
Sinto muito a sua falta.
Sinto a falta do seu toque, do seu carinho, do seu sorriso, das suas descompusturas, dos seus conselhos, das suas palavras amigas.
Sinto a sua falta, querida Mãe.